• Verba de publicidade federal para 2024 pode chegar a R$ 647 milhões

    Palácio do Planalto

    O orçamento do Governo Federal para 2024 prevê uma verba para propaganda de R$ 647 milhões.

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    A informação foi revelada pela Folha esta semana, citando, por comparação, que em 2023 o valor reservado pelo orçamento oficial foi de R$ 359 milhões.

    O aumento está no projeto de orçamento que deverá ser votado pelo Congresso Nacional.

    Para os críticos do atual governo, o aumento teria como foco as eleições municipais, que acontecem em 2024. Apesar de o valor ser exclusivo para promover as ações do governo federal, a oposição alega que o objetivo é impactar a imagem do trabalho de Lula e do PT, para ampliar a presença do partido no número de prefeituras.

    Em resposta às críticas, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom-PR) respondeu que a verba prevê recursos para promover medidas do governo que atendem à população e também gastos com comunicação interna e o combate a informações falsas.

    “O orçamento de 2024 da Secom não contempla apenas a publicidade governamental, utilizada para comunicar programas do governo que beneficiarão à população, como o Novo PAC, o Desenrola e a campanha de combate a fake news. O referido orçamento inclui, por exemplo, comunicação corporativa, pesquisas, nova licitação específica para digital, para live marketing e eventos”, respondeu o órgão.

    Mercado digital aplaude

    A informação de que a Secom pretende realizar uma licitação específica para o digital foi recebida com animação pelo setor.

    Não é por acaso. Em 2020, antes da nova regra que equiparou as licitações para o digital às de publicidade, a Secom chegou a fazer um pregão de preço (veja a matéria da Janela), com uma verba estimada em cerca de R$ 8,7 milhões.

    Na época, a Associação Brasileira de Agentes Digitais (Abradi) entrou com pedido de impugnação da disputa. Mas a Secom, ainda sob a gestão do Governo Bolsonaro, negou-se a cancelar o processo.

    Segundo lideranças do mercado, o resultado foi desastroso, já que, sem remuneração justa, o trabalho prestado não atendeu às necessidades do órgão.

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    LEIA TAMBÉM NA JANELA

    Abradi impugna pregão da Secom para comunicação digital (em 18/09/2020)

    Marcio Ehrlich

    Jornalista, publicitário e ator eventual. Escreve sobre publicidade desde 15 de julho de 1977, com passagens por jornais, revistas, rádios e tvs como Tribuna da Imprensa, O Globo, Última Hora, Jornal do Commercio, Monitor Mercantil, Rádio JB, Rádio Tupi FM, TV S e TV E.

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